
A Cor da Tua Alma
Enquanto eu te beijo, o seu rumor
nos dá a árvore, que se agita ao sol de ouro
que o sol lhe dá ao fugir, fugaz tesouro
da árvore que é a árvore de meu amor.
Não é fulgor, não é ardor, não é primor
o que me dá de ti o que te adoro,
com a luz que se afasta; é o ouro, o ouro,
é o ouro feito sombra: a tua cor.
A cor de tua alma; pois teus olhos
vão-se tornando nela, e à medida
que o sol troca por seus rubros seus ouros,
e tu te fazes pálida e fundida,
sai o ouro feito tu de teus dois olhos
que me são paz, fé, sol: a minha vida!
Juan Ramón Jiménez, in "Ríos que se Van"
Tradução de José Bento
6 comentários:
Olá Alda, belo poema...Espectacular....
Beijos
Olá, Alda, acabo de entrar no seu blog e gostei muito da forma como escreve, mostra ser uma pessoa super sensivel, parabéns pelo todo. Beijos.
Será sempre bem vinda.
Olá Alda. Beijos
Gostei muito
Lindo poema! Passei aqui por acaso e vim pra ficar! Bom gosto, excelente poetas e um delírio para mente e coração.
Virei seguidora, querida Alda.
Também tenho um blog, um espacinho repleto de contos, poesias, constelações e laços azuis.
E se de alguma forma minhas palavras conseguirem te tocar, lá onde onde moram os céus que o corpo não alcança, ficarei horanda de tê-la como minha seguidora.
Um grande abraço,
Bruna.
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