quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fernando Pessoa


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.



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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Saudade é um pouco como fome...


Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Clarice Lispector

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

As sem-razões do amor...



Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade
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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Recomponha-se...


Recomponha-se.




Não há como negar que, em certas

horas, a vida surge sem sentido.

Às vezes, a dor forte invade o peito, e o cérebro

não consegue formular as melhores idéias.

Mas, o que acontece se você se entregar?

Render-se é por gasolina no fogo do

desânimo, e deixá-lo tomar conta.

Então, mesmo que com esforço, empregue as

suas forças positivas e inverta a situação.

Observe o presente e comece por reconhecer a inutilidade

de prosseguir com pensamentos negativos.

É com a lenha do bom ânimo que se

acende a fogueira da alegria.

Lourival Lopes
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Dedico esta mensagem, a amigas que estão a passar por momentos muito difíceis!

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Gritos de Minha Alma...


Gritos de Minh’alma

Uma desesperança permanente

Onde o preservar o ser humano já não existe

Ausência dos carinhos plenos

Que no olhar completava admiração

Dor que acompanhou no medo do sentimento

Hoje as seqüelas ainda vivas,

maltrata corpo doente

Uma fadiga mental que na tristeza do olhar

se vê ao longe

Onde ficou meus anseios?

Parados na incerteza que impregnou minha vida

No dia quente o frio do olhar distante

Na noite fria o gelo da saudade

No tempo a dor de quem não entende

Meus braços já não acompanham

Mente distante onde a primavera levou

Tudo... Sonhos submergidos!

Grita alma cansada de tentar

Entender, aceitar, compreender

Já não vejo a imagem com nitidez

Não lembro dos carinhos com tanta freqüência

Mas sei que no meu coração

sempre sangra saudade.

Tânia Ailene
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