sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Supremo Enleio
Supremo Enleio
Florbela Espanca
Quanta mulher no teu passado, quanta!
Tanta sombra em redor! Mas que me importa?
Se delas veio o sonho que conforta,
A sua vinda foi três vezes santa!
Erva do chão que a mão
de Deus levanta,
Folhas murchas de rojo à tua porta...
Quando eu for uma pobre coisa morta,
Quanta mulher ainda! Quanta! Quanta!
Mas eu sou a manhã: apago estrelas!
Hás de ver-me, beijar-me em todas elas,
Mesmo na boca da que for mais linda!
E quando a derradeira, enfim, vier,
Nesse corpo vibrante de mulher
Será o meu que hás de encontrar ainda...
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2 comentários:
Olá amiga Alda,
O poema de Florbela bem como os demais deixam uma atmosfera bastante romântica no seu blog!
Aproveito a oportunidade para te desejar um feliz fim de semana.
Geraldo
Boa noite Alda.
Bela poema de Florbela que você muito bem sabe escolher.
Muito sensual e com muito amor ecológico caracteristico da autora.
Bom fim semana.
Beijinho,
Renato
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